quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

Passar o ano com Deus e com o mundo


 

 

Não me lembro de ter ouvido anteriormente a palavra “descristianização”, quando a usei pela primeira vez há uns 40 anos, numa palestra.

 

Noite de 31 de Dezembro, fim de ano, passagem de ano, Réveillon, festa com comida, bebida, convívio. Também uma das noites do ano com mais sangue na estrada, com maiores afluências aos serviços médicos de urgência. Festa social, festa familiar, festa desportiva com as famosas corridas de S. Silvestre, noite de extremos e de pecado. Tudo.

 

Ano 2000, celebração do Grande Jubileu. O meu pároco chamou-me para prepararmos uma passagem de ano cristã. Anunciou-se Eucaristia para as 22 horas como acção de graças pelo ano findo e para invocar a bênção de Deus para o ano e o milénio que se iniciavam, milénio que S. João Paulo II já havia consagrado à Virgem Maria.

Inesperadamente a igreja encheu à hora marcada. Houve lanche no final da missa e a seguir os fiéis seguiram para as celebrações familiares ou de amigos.

 

Ano 2004, Encontro Internacional de Taizé, em Lisboa, como sempre na passagem do ano. Os muitos peregrinos foram distribuídos por diversas paróquias e centros.

Um pouco antes da meia-noite fui abordado por um casal quinquagenário que costumava comungar sempre na passagem do ano e pretendia fazê-lo também em Lisboa, ali na minha paróquia. Eles não sabiam que estavam a falar com um ministro extraordinário da comunhão. Acolhi-os e falei com o pároco e com a sua autorização levei comigo o casal à igreja. Acendi alguns focos luminosos e, numa singular celebração improvisada, distribui a Sagrada Comunhão àqueles dois e comunguei também.

Foi um “tocar os Céus”.

Depois juntámo-nos à festa que decorria no Centro Paroquial. Com o peito cheio de Céu.

 

Acredito que muitos párocos não tomam a iniciativa de celebrações no fim de tarde ou noite da véspera de Ano Novo por falta de confiança na participação de fiéis em número visível.

Comecemos por nós mesmos. Neste 31 de Dezembro de 2025, no termo do Jubileu da Esperança. Façamos o que estiver ao nosso alcance este ano e nos seguintes. Deus confia em nós, para darmos testemunho de Si neste mundo e para isso nos prometeu o Paráclito.

 

Cristianizemos este mundo que vemos, pouco a pouco, a descristianizar-se.

segunda-feira, 17 de novembro de 2025

RED WEEK = SEMANA VERMELHA


 

Convite a dar testemunho cristão e tomar consciência dos milhões de irmãos que são martirizados por serem cristãos, nesta semana de 15 a 23 de Novembro de 2025.

Sim! É contigo.

 

Os mártires do Cristianismo são aquelas pessoas assassinadas por ódio à Fé dos cristãos, por ódio aos cristãos, por ódio a Deus.

Desde o Diácono Estêvão, cujo martírio é relatado no Livro dos Actos dos Apóstolos, têm sido milhares ou milhões os cristãos martirizados, apenas por serem cristãos.

As imagens mais fortes foram-nos talvez trazidas pelo cinema no século XX, com os cristãos lançados aos leões no Coliseu de Roma, e víamos tal como coisa do passado. Estávamos enganados.

Foi precisamente no século XX que maior número de cristãos foi martirizado, facto insistentemente assinalado por São João Paulo II.

Tal como Jesus tinha anunciado:

 

Antes do fim, deitar-vos-ão as mãos e hão-de perseguir-vos, entregando-vos às sinagogas e às prisões, conduzindo-vos à presença de reis e governadores, por causa do meu nome. Assim tereis ocasião de dar testemunho. Tende presente em vossos corações que não deveis preparar a vossa defesa. Eu vos darei língua e sabedoria a que nenhum dos vossos adversários poderá resistir ou contradizer. Sereis entregues até pelos vossos pais, irmãos, parentes e amigos. Causarão a morte a alguns de vós e todos vos odiarão por causa do meu nome; mas nenhum cabelo da vossa cabeça se perderá. Pela vossa perseverança salvareis as vossas almas. (Lucas 21)

 

Vivemos agora o século XXI e, quando seria de esperar maior harmonia entre as pessoas, a perseguição aos cristãos, mas não só aos cristãos, tem vindo a aumentar.

 

Oremos, como cristãos, pelos que nos perseguem, como Jesus, suspenso na Cruz, pedia ao Pai que lhes perdoasse, porque não sabiam o que faziam.

 

 Na Semana Vermelha, ou Red Week, damos testemunho do sangue derramado por todos os cristãos, de todos os tempos, passados, presente e futuros.

Todos os anos, os vários secretariados internacionais da Fundação AIS fazem iluminar de vermelho alguns monumentos significativos, como forma de chamar a atenção da opinião pública para o drama da perseguição religiosa aos Cristãos e a necessidade de garantir a liberdade religiosa.

De 15 a 23 de Novembro, muitas paróquias em Portugal e em todo o mundo vão realizar momentos de oração, irão iluminar-se de vermelho e em algumas dioceses será divulgado o mais recente documento da Fundação AIS sobre este tema, ‘Relatório sobre a Liberdade Religiosa no Mundo 2025’.

O objectivo é só um: combater a indiferença.

Não podemos continuar a ignorar os sucessivos ataques, a violência e discriminação a que estão sujeitos milhões de cristãos, que são a comunidade mais perseguida no mundo.

Ajude a combater
a indiferença

 


Padre Hugo Alaniz


15 A 23 DE NOVEMBRO

Padre Hugo Alaniz

Síria, Alepo

Ao fim de mais de uma década de guerra civil, a SÍRIA vive tempos traumáticos e de enorme incerteza. Praticamente um ano após a queda do regime de Bashar al-Assad, os Cristãos continuam receosos do que poderá acontecer no país. O PADRE HUGO ALANIZ, um sacerdote argentino em missão há vários anos em Alepo, vai estar em Portugal, a convite da Fundação AIS, para testemunhar o que significa viver a fé num cenário de violência e de enorme pobreza.

De 15 a 23 de Novembro, durante a REDWEEK, o Padre Alaniz vai acompanhar a equipa da AIS nas Dioceses de Leiria-Fátima, Viana do Castelo, Braga, Porto, Lisboa e Setúbal.

Não falte! A Igreja da Síria precisa da nossa ajuda e das nossas orações.

 

 


Dê um sinal desta Semana Vermelha na sua casa, na sua janela, na sua comunidade paroquial.

Foto da Igreja de São Domingos de Benfica, nesta Semana Vermelha, do sangue dos mártires.

23 DE NOVEMBRO
Domingo

PATRIARCADO DE LISBOA
PARÓQUIA SÃO DOMINGOS DE BENFICA


10h30 – Missa transmitida em directo pela RTP
Celebra Frei Mário Rui Marçal, op, Pároco de São Domingos de Benfica

CAPELA DE NOSSA SENHORA DA CARREIRA

12h00 – Conferência e Testemunho do Pe. Hugo Alaniz
Departamento de Pastoral Juvenil do Patriarcado de Lisboa

 

 PARA ORAR

Irmãs e irmãos, oremos pelos cristãos perseguidos nos nossos dias, torturados, martirizados e assassinados, respondendo ao nome de cada país onde isto acontece:

- Misericórdia, Senhor

 

1.    Afeganistão

2.    Arábia Saudita

3.    Argélia

4.    Bangladesh

5.    Brunei

6.    Burkina Faso

7.    Butão

8.    Camarões

9.    Catar

10. Cazaquistão

11. Chade

12. China Comunista

13. Colômbia

14. Comores

15. Coreia do Norte

16. Cuba

17. Egipto

18. Eritreia

19. Etiópia

20. Iémen

21. Índia

22. Irão

23. Iraque

24. Jordânia

25. Laos

26. Líbia

27. Maldivas

28. Mali

29. Marrocos

30. Mauritânia

31. México

32. Mianmar

33. Moçambique

34. Nicarágua

35. Niger

36. Nigéria

37. Omã

38. Paquistão

39. Quirguistão

40. R. D. Congo

41. República Centro Africana

42. Síria

43. Somália

44. Sudão

45. Tajiquistão

46. Tunísia

47. Turquemenistão

48. Turquia

49. Uzbequistão

50. Vietname 

 

51. Pelos 4 476 cristãos assassinados por ódio à fé, em 2024