sexta-feira, 3 de setembro de 2021

Chamar para a catequese com brincadeira ou com fé e razão?

 

Tem-se desenvolvido uma teoria segundo a qual é preciso atrair as crianças e os jovens para a catequese.

Essa não era a opinião do Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, como bem expôs numa sessão do Conselho Pastoral Diocesano, em que participei. 

Quando alguém falava na necessidade de inventar modos de atrair as crianças e principalmente os jovens que escasseavam cada vez mais na catequese, o Bispo de Lisboa declarou:

- Eu não quero atrair ninguém. Se eles quiserem seguir Cristo, contem comigo para ir na frente e para os guiar. Mas têm de vir por sua expressa vontade e não atraídos. Somos Igreja, não uma seita.

Notamos que muitos catequistas e evangelizadores não conhecem o pensamento do Cardeal Policarpo, ou não concordam com ele e agem de modo diferente. Publica-se muita brincadeira, escrevem mesmo assim, para atrair as crianças e os jovens e os manterem sossegados.

Repensem o que estão a fazer.

Não é a brincadeira que leva à Vida Eterna, mas a Fé, à qual podemos chegar pela Razão.

Os catequistas são educadores na Fé e não animadores de festas ou actividades lúdicas. 

Nós, catequistas católicos, temos o privilégio de anunciar a Boa Nova, o Evangelho, a Vida Eterna, a única coisa que interessa. Estamos certos. Sejamos simpáticos na catequese, usemos os métodos convenientes, mas não transformemos a catequese numa aula de brincadeira.

A imagem que publicamos é um exemplo de como fazer uma catequese interessante. Podeis imprimir. Fazer vós mesmos. Ou usar a ideia para fazer outros usos. O catequizando que copia a Introdução e a Conclusão dos 4 Evangelhos, aprende e tem de trabalhar para procurar e copiar. Todos eles gostam de trabalhar. Os adultos esquecem-se muitas vezes e pensam que eles só querem brincadeira. Depois queixam-se dos resultados.


Orlando de Carvalho

Catequeta