A parábola implementa uma pedagogia da questão e não da
resposta. Ela é o contrário da endoutrinação das seitas que pretendem a
repetição para o exterior de palavras, de modo a que sejam bem memorizadas. A
parábola cristã conta a vida de Cristo para provocar uma adesão interior,
decisão pessoal que vem da fé.
O Credo,
esclarecido no interior dos corações pelo Espírito do Pentecostes, é, no final
do itinerário catequético, caminho de natureza parabólica cujo centro
enigmático é Jesus. Para Ele convergem todas as parábolas catequéticas, as dos
evangelhos e as dos nossos dias que se inspiram naquelas.
Eis a razão porque a Igreja do século IV não revelava, a não
ser no final da iniciação, os termos precisos do Símbolo dos Apóstolos. Evitava-se
deste modo a aprendizagem das palavras a partir do exterior, desligadas da
experiência espiritual da Palavra, sem o seu sabor divino, desesperadamente
vazias. Esta prudência parece ter sido a herança pedagógica da tradição
apostólica. “Ninguém poderá dizer: «Jesus é o Senhor!» a não ser sob a acção do
Espírito Santo.” (1Cor 12,3).
(Enciclopédia dos Catekistas)
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