terça-feira, 28 de maio de 2024

Domingo IX Tempo Comum - adaptado a crianças


 

2024-06-01/02

DOMINGO IX DO TEMPO COMUM

Oração coleta
Senhor nosso Deus,
Tu sabes tudo e nunca Te enganas.

Nós pedimos para afastares de nós todos os males
e que nos dês todos os bens.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, teu Filho, que é Deus
e conTigo vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.




Cf. Leitura do Livro do Deuteronómio
Isto diz o Senhor:

- Guardem o dia de sábado, para o santificarem, como mandou o Senhor, teu Deus.

Trabalhem durante seis dias.

O sétimo dia, é o sábado e pertence ao Senhor Deus.

No sábado se hás-de trabalhar, nem vocês, nem a vossa família, nem os vossos empregados, nem os vossos animais de trabalho, o boi, o cavalo, nem quem estiver na vossa casa como convidado.

Palavra do Senhor.



Salmo 80

 

Refrão: Aclamai a Deus, nossa força. Repete-se

Aclamai a Deus, nossa força,
aplaudi ao Deus de Jacob.
Fazei ressoar a trombeta na lua nova
e na lua cheia, dia da nossa festa. Refrão

É uma obrigação para Israel,
é um preceito do Deus de Jacob,
lei que Ele impôs a José,
quando saiu da terra do Egito. Refrão

Ouço uma língua desconhecida:
«Aliviei os teus ombros do fardo
e soltei as tuas mãos dos cestos;
gritaste na angústia e Eu te libertei. Refrão

Não terás contigo um deus alheio,
nem adorarás divindades estranhas.
Eu, o Senhor, sou o teu Deus,
que te fiz sair da terra do Egito». Refrão



Cf. Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

 

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Num dia de sábado, Jesus passava pelo meio das searas, na companhia dos discípulos. Enquanto caminhavam, os discípulos, que estavam com fome, começaram a apanhar espigas.

Então os fariseus disseram a Jesus:

- Hoje é sábado, não se pode trabalhar, mas os teus discípulos estão a apanhar espigas. Estão a fazer uma coisa proibida.

Respondeu-lhes Jesus:

- O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado. Por isso, o Filho do homem é também Senhor do sábado.

Palavra da salvação.

 

 

Oração Universal

 

Irmãs e irmãos em Cristo,

Oremos ao Pai do Céu,

Que nos mandou guardar o seu dia,

Para que a gente saber usar o dia do Senhor

Para a oração e o repouso, orando:

R. Abençoai, Senhor, o vosso povo.

1. Pelo nosso Bispo Rui, os seus padres e diáconos,

para que celebrem o Domingo com alegria,

oremos.

 

2. Para sabermos aproveitar o dia do Senhor

Para o repouso e não nos perdemos

na agitação, no dinheiro e no conforto,

oremos.

 

3. Pelos trabalhadores mal tratados

E pelos que vivem como escravos

oremos.

 

5. Por nós aqui reunidos

para que Deus lhe mostre que o seu Filho

é Senhor até do próprio sábado,

oremos.

 

CONCLUSÃO do Presidente da Celebração


Oração sobre as oblatas
Senhor,

Trazemos ao altar o pão e o vinho,

Esperando deste modo que nos limpes de todo o pecado.

Por Cristo nosso Senhor.



Oração depois da comunhão
Senhor,

Guia os que foram agora alimentados

Com o Corpo e Sangue de Jesus

Para darem testemunho de Ti

Fazendo boas obras.

Por Cristo nosso Senhor.

 

 

quarta-feira, 22 de maio de 2024

Domingo Santíssima Trindade B


 

 

 

 

2024-05-25/26

DOMINGO VIII DO TEMPO COMUM – SANTÍSSIMA TRINDADE

SOLENIDADE


Oração coleta


Deus Pai,

nós Te damos graças porque nos revelastes

o Mistério da Santíssima Trindade,
enviando ao mundo Jesus, que é a tua Palavra,
e o Espírito da santidade,

e assim num só Deus,

podermos adorar as três pessoas divinas.

Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.



Leitura do Livro do Deuteronómio


Moisés falou ao povo, dizendo:

Olhem para a História desde os tempos antigos, quando Deus nos criou.

Vejam que nenhum povo escutou como vocês a voz de Deus a falar do meio do fogo. Foi com vocês que Deus criou um povo forte capaz de sobreviver no Egito.

Acreditem com os vossos corações que o Senhor é o único Deus. Não existe mais nenhum Deus. Por isso vocês vão cumprir as leis e os mandamentos que recebi de Deus, para serem felizes, vocês e os vossos filhos.


Palavra do Senhor.


Salmo 32
Refrão: Feliz o povo que o Senhor escolheu para sua herança. Repete-se

A palavra do Senhor é reta,
da fidelidade nascem as suas obras.
Ele ama a justiça e a retidão:
a terra está cheia da bondade do Senhor. Refrão

A palavra do Senhor criou os céus,
o sopro da sua boca os adornou.
Ele disse e tudo foi feito,
Ele mandou e tudo foi criado. Refrão

Os olhos do Senhor estão voltados
para os que O temem,
para os que esperam na sua bondade,
para libertar da morte as suas almas
e os alimentar no tempo da fome. Refrão

A nossa alma espera o Senhor:
Ele é o nosso amparo e protetor.
Venha sobre nós a vossa bondade,
porque em Vós esperamos, Senhor. Refrão




Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, os Onze discípulos partiram para a Galileia, em direção ao monte que Jesus lhes tinha indicado.

Quando viram Jesus, adoraram-n’O; mas alguns ainda ficaram com dúvidas. Jesus aproximou-Se deles e disse:

Todo o poder Me foi dado no Céu e na terra.

Vocês vão e ensinem todas as nações, batizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-as a cumprir tudo o que vos mandei. Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos.
Palavra da salvação.

Oração sobre as oblatas
Santifica, ó Deus,

Os dons que trazemos a este altar

E sobre os quais invocamos o teu nome.

Por Cristo nosso Senhor.


Oração depois da comunhão
Senhor Deus,

a nós que participámos nesta Eucaristia

e fizemos a Profissão de Fé

na tua Trindade,

dá-nos,

saúde para o corpo e a alma.

Por Cristo nosso Senhor.

 

 

 

quarta-feira, 15 de maio de 2024

Os pérfidos judeus


 Paulo VI, presidindo a missa na Terra Santa


Peregrinação do Papa São Paulo VI à Terra Santa

 

Entre 4 e 6 de Janeiro de 1964

 

O espírito guerreiro e nacionalista dos judeus e a desobediência ao Mandamento do Amor de Jesus por parte dos cristãos são a razão da animosidade e guerras entre cristãos e judeus que têm acontecido ao longo da era cristã.

Os cristãos acusaram cada judeu como assassino de Jesus, acusaram-nos de instrumentos do demónio e invejaram as suas riquezas e saber.

Os judeus, com uma experiência milenar de vida em diáspora, após a destruição da sua pátria pelos romanos no ano 70, continuaram a viver em diáspora, uma grande parte deles, escravizados, pelos romanos. Era, portanto, natural o ódio que eles sentiam pelos romanos e, por arrastamento, também pelos cristãos, uma vez que romanos e cristãos passam a ser quase palavras sinónimas, pelo menos na perspectiva judaica.

Depois de muitas perseguições a judeus e a cristãos, pela irreverência de uns e de outros, o Império Romano adopta o Cristianismo. Embora tanto judeus como cristãos fossem inicialmente considerados subversivos pelo Império, a partir de certa altura, o cristianismo é adoptada como religião oficial.

No ano 313, o Imperador Constantino, concede liberdade de culto aos cristãos.

Em 380, pelo Édito Tessalónico, o Imperador Teodósio proclama o Cristianismo religião oficial do Império.

Finalmente o mesmo imperador Teodósio, em 391, pelo Édito de Milão, ilegaliza o paganismo. Invertem-se então as posições e seguem-se algumas perseguições dos cristãos aos não cristãos, o que não tinha nada a ver com os ensinamentos de Jesus Cristo.

A invenção da demoníaca Inquisição trouxe a fogueira como modo de os inquisidores, arvorando-se em Igreja, o que é falso, castigarem judeus, mouros, bruxas (que é isso?), etc.

O Concílio de Florença, 1438-1445, explicita a proibição de práticas da lei mosaica, ilegalizando assim qualquer gesto de culto judaico.

Assim são inventadas pelos judeus portugueses as alheiras, que são enchidos fabricados com carne de galinha, mas que enganava os seus perseguidores, que apenas percebiam que estavam a comer chouriço de porco. Ora, se comiam carne de porco, ficava demonstrado que não seguiam a lei de Moisés.

Na celebração de Sexta-feira Santa, havia as Orações Solenes, hoje chamadas Oração dos Fiéis, em que numa das preces se orava peculiarmente pela conversão dos judeus:

- Oremos pelos pérfidos judeus, para que o Senhor, nosso Deus, lhes tire os véus dos corações e connosco reconheçam nosso Senhor Jesus Cristo.


O amor ao próximo exigido por Jesus consubstanciava-se assim na acusação: pérfidos judeus. Em Mateus 5,22, Jesus afirma que quem ofender verbalmente o seu irmão terá que prestar contas dessa ofensa, mas o ódio aos judeus acusados de matar Jesus, acusação que tinha em vista apoderarem-se das riquezas que os judeus tivessem, até fazia esquecer o ensinamento de Jesus expresso no Evangelho.

O Papa São João XXIII, em meados do século XX, elimina a expressão “pérfidos judeus” e finalmente o Papa Bento XVI trata com amor os judeus alterando a oração para a formulação actual: 


 

- Oremos pelo Povo Judeu para que Deus nosso Senhor, que falou aos seus pais pelos antigos Profetas, o faça progredir no amor do seu nome e na fidelidade à sua aliança.

Em Janeiro de 1964, o Papa São Paulo VI interrompe a sua participação no Concílio Vaticano II e faz uma viagem relâmpago à Terra Santa, particularmente acarinhada por jordanos e palestinianos, mas nem tanto dos judeus. O avião papal aterrou na Jordânia, onde Paulo VI celebrou missa no estádio da capital e visitou o local onde Jesus terá sido baptizado.

Ora, não havia relações diplomáticas entre os estados de Israel e do Vaticano. Durante toda a visita, Paulo VI nunca utilizou a palavra Israel, nem tratou Shazar por Presidente (de Israel). Apenas na viagem de retorno ao Vaticano, ao sobrevoar Chipre, o Papa enviou um telegrama para a Torre de Controlo do Aeroporto de Telavive, de agradecimento, em que se referiu ao Presidente do Estado de Israel como tal. Com este distanciamento dos israelitas, ao contrário da atitude de aproximação a árabes e palestinianos, provavelmente, Paulo VI quis proteger os cristãos que viviam nos países muçulmanos e evitar que sofressem retaliações. A mesma razão terá estado na origem de o Papa se recusar a encontros com autoridades religiosas judaicas; o Papa do ecumenismo! Durante toda a viagem terrestre, na Terra Santa, o Papa foi acolhido por banhos de multidões de judeus, palestinianos e cristãos, em especial ortodoxos.

Em 1973, a primeira-ministra Golda Meir visita o Papa Paulo VI no Vaticano e recebe o pedido deste para que os palestinianos sejam tratados com compaixão, na guerra que se avizinhava, Yom Kippur. Na volta a Israel, Golda Meir relata este episódio e vangloria-se de ter respondido com um rotundo não ao Papa.

Depois de iniciado o processo de paz entre Israel e os árabes, em 1991, em Madrid, começam também negociações diplomáticas entre o Vaticano e Telavive. Em 1993, é assinada a Declaração de Princípios entre Israel e a OLP. Passados três meses, Israel e o Vaticano estabelecem relações diplomáticas.

 

É difícil a paz na Terra Santa.

A paz seja convosco, ofereceu Jesus logo após a Ressurreição. Mas quem escuta as suas palavras? Quem aceita a paz que Jesus oferece?

O mundo seria um lugar bastante melhor se todos fôssemos menos empertigados, menos orgulhosos, menos vingativos, mais maleáveis, e tratássemos as outras pessoas com mais compaixão.

Dentro da Igreja continua a haver grupos de pessoas que declaram ódio a São João XXIII por ter retirado a expressão “pérfidos judeus” do missal e continuam a declarar ódio e a pedir vingança contra os judeus. Claro, que tenho dificuldade em os considerar cristãos, mas quem julga é Deus.

 

 

 

Orlando de Carvalho