Parte de um diálogo epistolar entre um leigo, OC, e o padre
JC.
- Que pena tantas pessoas, de grupos e movimentos da Igreja,
padres e leigos, tantas, que dizem que é um erro rezar o Pai Nosso de mãos
dadas!
E eu já vi tanta alegria, na missa, entre crianças, em
doentes que visito, algumas vezes levando a comunhão, que alegria tão grande
quando além da comunhão, as mãos se dão enquanto rezamos juntos o Pai Nosso, ou
os corpos se saúdam durante o Abraço da Paz!
Tantos sábios de liturgia e de teologia que não são capazes
de perceber que se os nossos corpos são Templo do Espírito Santo, o calor da
alegria humana pode ser meio de transmitir o calor do amor de Deus.
Um abraço, querido amigo.
OC
- Compreendo tão bem este lamento… eu, que continuo a
celebrar a missa a partir de um altar ao fundo de uma igreja, com 200
assistentes, petrificados, que cada domingo escolhem os mesmos lugares e as
mesmas posições e se comportam com as mesmas atitudes… não aceitando sequer as
propostas de criatividade que lhes são sugeridas… Para mim (sob esse aspecto,
claro!), a Eucaristia dominical é um acto doloroso…
Tudo parte do conceito de liturgia que se tem e da sua
vivência actual…
Infelizmente, o ensino da liturgia é feito sob o ponto de
vista estético, histórico e de tradição (conservação de museu) … Não é tanto
vivencial e actual. A liturgia continua a ser explicada mais como uma procura
das suas razões históricas, e menos como deverá ser a sua vivência actual – a única
que deveria interessar, pois de pessoas de agora se trata… ainda que se procure
conhecer as razões do passado, para poder seguir o melhor caminho…
Um abraço fraterno.
JC
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