domingo, 15 de julho de 2018

Liturgia do Domingo do Jogo da Cabra-cega

Domingo XV ano B


Jogo da cabra-cega: a pessoa com os olhos vendados deixa-se guiar. Assim deixemo-nos guiar. O profeta Amós deixou-se guiar onde Deus ao lugar onde Deus o quis enviar. Os setenta e dois discípulos também partiram em missão sem nada levarem, nem espada, nem roupa de reserva, nem telefone, nem câmara fotográfica, nem lápis nem papel, nem dinheiro para gastos, nem sequer garrafinha de água, apenas confiados na protecção e na condução de Jesus, que nem foi com eles, como crianças em jogo de cabra-cega se deixam conduzir confiadamente. Como os cisnes bebés se deixam conduzir pelos seus pais, que os defendem e protegem com tanta garra. Pois Deus defende-nos e protege-nos com uma garra muito maior.
Leituras deste Domingo:

Amós 7, 12-15; Ef 1, 3-14; Mc 6, 7-13


Orlando de Carvalho

quinta-feira, 12 de julho de 2018

Papa Francisco e Patriarca Manuel Clemente


O Patriarca Manuel Clemente deu oportunamente instruções ao clero acerca da interpretação das normas da Exortação Amoris Laetitia, no sentido de esclarecer algumas dúvidas e permitir uma maior aproximação dos casais em situações difíceis ao coração da Igreja.
A nota do Patriarca comentada por nós 

Na altura o Patriarca de Lisboa foi alvo de muitas críticas vindas de teólogos por alguns chamados de progressistas, mas incapazes de discernir algum texto que não seja um Ámen às suas ideias.

Tais teólogos, supostamente apoiantes e seguidores do Papa Francisco, mostrar-se-ão agora com claridade quando tiverem que optar entre opor-se ao Papa, voltar atrás ou fingir que não deram pela resposta e agradecimento que o Papa dirigiu a D. Manuel Clemente.

Orlando de Carvalho



Eis, o texto da carta dirigida pelo Papa ao Patriarca de Lisboa.


Amado Irmão Cardeal
D. MANUEL JOSÉ MACÁRIO DO NASCIMENTO CLEMENTE
Patriarca de Lisboa

Venho agradecer-lhe o envio, por ocasião da Quaresma passada, da Nota que dirigiu aos sacerdotes do Patriarcado sobre a aplicação do capítulo VIII da Exortação Apostólica Amoris laetitia.
Esta sua aprofundada reflexão encheu-me de alegria, porque reconheci nela o esforço do pastor e pai que, consciente do seu dever de acompanhar os fiéis, quis fazê-lo começando pelos seus presbíteros para poderem cumprir da melhor forma o ministério.
As situações da vida conjugal constituem, hoje, um dos campos onde tal acompanhamento é mais necessário e delicado. Por isso mesmo, quis chamar o Colégio Episcopal a um itinerário sinodal prolongado, que propiciasse – apesar das dificuldades inevitáveis – a maturação de orientações compartilhadas em benefício de todo o povo de Deus.
Assim, ao exprimir-lhe a minha gratidão, aproveito o ensejo para encorajar o Irmão Cardeal e seus colaboradores no ministério pastoral – in primis os sacerdotes – a prosseguirem, com sabedoria e paciência, no compromisso de acompanhar, discernir e integrar a fragilidade, que de variadas formas se manifesta nos cônjuges e nos seus vínculos. Um compromisso que, se por um lado requer de nós, pastores, não pouco esforço, por outro regenera-nos e santifica-nos, pois tudo é animado pela graça do Espírito Santo, que o Senhor Ressuscitado concedeu aos apóstolos para a remissão dos pecados e o solícito tratamento de todas as feridas.
Na alegria de partilhar consigo, amado Irmão, esta doce e exigente missão, asseguro a lembrança da sua pessoa na minha oração e, pedindo-lhe que reze por mim também, de coração o abençoo juntamente com o presbitério e toda a comunidade diocesana do Patriarcado de Lisboa.

Vaticano, 26 de Junho de 2018

Franciscus