Finalmente o Papa Francisco poderá marcar definitivamente a
precedência do Evangelho sobre a burocracia, da Pregação sobre a Doutrina, dos
ensinamentos de Jesus sobre as conclusões tiradas pela igreja.
O Conselho C9, formado por nove cardeais escolhidos pelo
Papa Francisco para o auxiliar nesta tarefa está reduzido apenas a 6 deles,
depois de três deles terem sido aliviados desta função, alguns deles já em
prisão.
Está já em apreciação em todas as dioceses do mundo o novo
documento Praedicate
Evangelium que propõe a criação de um novo “ministério” na administração da
Igreja, que, no Vaticano, terá a primazia entre todos os outros, incluindo o
ex-Santo Ofício, ou Inquisição, actualmente denominado Congregação para a
Doutrina da Fé.
Mas o Papa não quer que os fiéis vivam vergados à Doutrina, mas livres
para viver o Evangelho anunciado por Jesus e dedicados a viver e a anunciar
esse mesmo Evangelho.
Enquanto os inimigos da Fé e de Francisco reúnem esforços para manter a
Doutrina com a primazia dentro da Igreja, o que é falso, o Papa com o seu
conselho especial C6, composto pelos cardeais, Óscar Maradiaga,
Reinhard Marx, Patrick O’Malley, Giuseppe Bertello, Osvald Gracias e Pietro
Parolin, prepara o reinado da Nova Evangelização guiada fundamentalmente pelos
ensinamentos evangélicos, pelo testemunho e pela caridade.
Oremos pelo Papa Francisco e pelo sucesso desta iniciativa
que se propõe renovar o modo de pensar em Igreja e imbui-la da tarefa profética
e do Espírito Santo. E a redução da Doutrina e dos ritualismos da Doutrina ao
seu devido lugar. A Congregação para a Doutrina da Fé deixará de comandar, nem
o poderá tentar, as situações de comunhão ou não com a Igreja, a perseguição,
pelo menos, abrandará, será dado espaço ao Espírito Santo. Os novos fariseus terão
de se converter ou assumir-se como fariseus.
Orlando de Carvalho
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