quinta-feira, 5 de novembro de 2020

LITURGIA APONTAMENTOS 20

 

Normas gerais para leituras bem proclamadas

 

O leitor é instituído para fazer as leituras da Sagrada Escritura, com excepção do Evangelho. Pode também propor as intenções da oração universal e ainda, na falta do salmista, recitar o salmo entre as leituras.

O leitor tem na celebração da Eucaristia uma função que lhe é própria e que deve exercer por si mesmo, mesmo que haja ministros de grau superior.

Para que a audição das leituras divinas desperte no coração dos fiéis aquele afecto vivo e suave pela Sagrada Escritura, é necessário que os leitores encarregados deste ofício, embora não tenham recebida a instituição, sejam realmente idóneos e cuidadosamente preparados. (Instrução Geral do Missal Romano, nº 66).

 

"No espaço da Igreja deve haver um lugar elevado, fixo, dotada de conveniente disposição e nobreza, que corresponda à dignidade da Palavra de Deus e ao mesmo tempo recorde com clareza aos fiéis que na Missa se prepara tanto a mesa da Palavra de Deus como a mesa do Corpo de Cristo e, finalmente, os ajude, o melhor passível, a ouvir e a prestar atenção durante a liturgia da Palavra... Como o ambão é o lugar de onde os ministros anunciam a Palavra de Deus, deve reservar-se por sua própria natureza às leituras, ao salmo responsorial e ao precónio pascal... Para servir de maneira adequada às celebrações, o ambão deve ser amplo, dado que por vezes têm de estar nele vários ministros. Além disso, devem tomar-se providências para que os leitores disponham, no ambão, de iluminação suficiente para lerem o texto e possam eventualmente utilizar os instrumentos técnicos modernos para se fazerem ouvir facilmente pelos fiéis" (Ordenamento das Leituras da Missa, nºs 32, 33, 34).

 

A assembleia litúrgica precisa de leitores, embora não instituídos para esta função. Procure-se, portanto, que haja alguns leigos, dos mais idóneos, que estejam preparados para exercer este ministério. Se se dispuser de vários leitores e houver várias leituras a fazer, convém distribuí-las entre eles... Esta preparação deve ser principalmente espiritual, mas é necessária a chamada preparação técnica. A preparação espiritual pressupõe pelo menos a dupla formação, bíblica e litúrgica: a formação bíblica, para que possam os leitores compreender as leituras, no seu contexto próprio entender à luz da fé o núcleo da mensagem revelada; a formação litúrgica, para que as leitores possam perceber o sentido e a estrutura da liturgia da palavra e os motivos que explicam a conexão entre a liturgia da palavra e a liturgia eucarística. A preparação técnica deve tornar os leitores cada vez mais aptos na arte de ler em público, quer de viva voz, quer com a ajuda dos modernos instrumentos de amplificação sonora.”

(Ordenamento das leituras da Missa, nºs 52, 55)

 

 

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