Foi hoje na celebração do Dia da Igreja Diocesana, no Colégio Salesiano de Manique, que, um tanto ou quanto espontaneamente, aconteceu o que deverá ser considerada a despedida do Patriarca dos fiéis da diocese.
O momento alto da relação emocional entre o Patriarca e os fiéis, maioritariamente colaboradores, catekistas, presbíteros, diáconos, seminaristas, foi o final da homilia.
O Patriarca José Policarpo falou de como amou a diocese e de como, em coerência, teria de continuar a amá-la, agora de modo diverso.
No final sentou-se e a Assembleia irrompeu em aplausos. Que não paravam. O Patriarca quis pará-los e tentou levantar-se da cátedra, mas o Cónego Luís Manuel segurou-o. E as palmas continuaram com a Assembleia de pé.
Quando terminaram, o Patriarca levantou-se e iniciou-se o canto do Credo. Então, o Patriarca tirou um lenço do bolso e limpou os olhos cheios de lágrimas. A homilia do Patriarca fora lida, mas as palmas e durante tanto tempo não estavam nos meus planos, nem nos dos fiéis, ao menos a sua generalidade. Poderão seguir-se outros gestos de apreço e despedida, mas nenhum como este.
Um grupo de uma paróquia, no final, antes do cântico final antecipou-se ao coro do Padre Pedro Lourenço e começou a cantar um «Obrigado Dom José». O maestro não gostou e tentou sobrepor o seu coro, mas o Padre Paulo Malícia dava força à Assembleia para continuar a cantar com aquele coro popular o refrão daquele «Obrigado».
Foi emotivo e emocionante.
Antes tinham sido entregues diplomas aos catekistas com 25 anos de serviço. Foram tantos, muitos na casa dos 40 anos, que o Patriarca achou por bem dirigir-se ao microfone e perguntar se alguém duvidava de que esta Igreja estava bem viva.
Eu teria organizado o encontro com outra dinâmica, mas tenho que reconhecer que para além da logística e dos planos, aconteceu ali Igreja. Mais concretamente Igreja Diocesana.
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