Os fariseus, do tempo de Jesus, eram fiéis devotos que
levavam muito a sério todos os ritos e orientações dos livros e da tradição
judaica.
A palavra fariseu significa santo e eram os fariseus quem
antes de mais se designavam a si por este nome.
Tratando-se de pessoas fiéis piedosas, por que razão Jesus
os terá criticado tanto?
Quem conhece o que vai no coração dos seguidores de qualquer
religião, e de modo concreto dos cristãos, dos católicos? Ir à missa, receber
os sacramentos, mostrar devoção a imagens religiosas significará amor e
adoração a Deus no interior do coração dessa pessoa?
Quem observa, de fora, uma família harmoniosa, saberá se os
esposos são mutuamente fiéis, se os pais cuidam pacientemente dos filhos, se os
mais velhos são convenientemente reverenciados, ou ao menos estão livres de
maus tratos?
Provavelmente há hoje na Igreja pessoas devotas acerca das
quais resta a dúvida: será a devoção dessas pessoas da mesma estirpe da dos
fariseus? Não deverá cada cristão e cada católico, daqueles que se consideram
devotos, piedosos, praticantes, cumpridores dos preceitos, tentar estabelecer
na sua consciência em que falhavam os fariseus, por que razão Jesus criticava
sistematicamente o farisaísmo, se eles não procuravam mais que cumprir tudo o
que estava determinado na lei?
Depois, tentar descobrir, cada um de nós, se, por acaso, não
somos mais que neo-fariseus.
Eles andam por aí, os neo-fariseus. Cuidem-se os fiéis. O caminho para Jesus será o indicado pelo Papa Francisco ou o trilhado pelos neo-fariseus?