A Sagrada Escritura contém uma importante colecção
coincidências de factos, associados normalmente em sequência, que devem chamar
a nossa atenção. Reflectindo, há-de surgir a grande interrogação: estas
ocorrências resultam de coincidência simples ou inserem-se num plano elaborado
cuidadosamente por Deus?
Poderíamos escrever a história bíblica do Pão, através de um
relato desde os primeiros tempos aos nossos dias, passando pelo maná do
deserto, pelo sacrifício de Melquisedeque, até aos milagres eucarísticos
testemunhados nos nossos dias.
Jesus presidiu à refeição do Cenáculo durante a qual
manifestou a sua perpétua permanência visível junto da Igreja peregrina através
de uma misteriosa transubstanciação. Ele intitulou-Se mesmo o Pão da Vida. Como
natural de Belém, Jesus é belenense. Ora, a palavra Belém significa Casa do
Pão. Nesta perspectiva Jesus é natural da Casa do Pão, isto é, Jesus é Pão.
O que Jesus viria a declarar durante a Última Ceia, estava já
escondido desde que a Virgem Maria deu à luz o Menino, estava latente, mas
completamente encoberto, desde que os profetas anunciaram onde iria nascer o
Messias.
Não foi coincidência, no sentido de obra do acaso, Jesus ter
nascido em Belém. Nasceu lá porque ele já era belenense, isto é Pão, como nós
acreditamos e sabemos, Pão da Vida.
A Bíblia é verdadeira em tudo o que afirma acerca da
Revelação, embora exija que a saibamos ler, isto é, que a leiamos abertos à
inspiração e orientação do Espírito Santo.
Orlando de Carvalho
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