Durante a missa pronunciam-se várias doxologias, isto é, palavras
de louvor a Deus.
Há a doxologia do Glória que toda a assembleia recita no
final da Liturgia da Palavra.
Outra doxologia é realizada no desenvolvimento do Pai Nosso,
a doxologia na resposta da assembleia:
- Vosso é o reino e o
poder e a glória para sempre.
No final da Oração Eucarística, o presidente toma o cálice e
a patena com a hóstia, elevando-os perante a assembleia e pronuncia as palavras
que sintetizam o sentido de toda a celebração:
Por Cristo, com
Cristo, em Cristo,
a Vós, Deus Pai
todo-poderoso,
na unidade do Espírito
Santo,
toda a honra e toda a
glória,
agora e para sempre.
O presidente consubstancia a acção litúrgica eucarística,
isto é, de louvor, em união com o louvor manifestado por Cristo, na entrega na
Cruz, e em nome de toda a assembleia reunida.
O “Ámen” com que a
assembleia responde, pronunciada ou cantada, deve ser em uníssono e em voz
bastante clara, alta e afirmativa. Através deste Ámen (que significa “concordo”)
a assembleia faz suas as palavras do sacerdote, num louvor a Deus Pai, que é o
mesmo Ámen de Jesus.
Quando, numa missa, chegados a este momento, ouvimos um Ámen
apenas murmurado ou balbuciado por alguns, enquanto outros nem mexem os lábios,
ficamos com a sensação que os fiéis perdem o momento mais importante da
Eucaristia, palavra que significa louvor. A assembleia realiza o louvor ao Pai
através deste Ámen e, por isso, deve manifestá-lo com muita força. Deveriam tremer
as cordas vocais, o sangue nas veias e o coração dos fiéis.
Numa nave de pé alto, numa grande catedral, este Ámen que
conclui a Doxologia Final deveria fazer estremecer as colunas e a abóboda até
ao Céu, ecoando na abóboda celeste num Ámen infinito em união com os anjos e
santos já incorporados na Igreja Triunfante.
Orlando de Carvalho
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