Os símbolos pascais
A Páscoa, tal como o Natal, é uma festa Cristã. Os cristãos
celebram o nascimento de Jesus ou Encarnação de Deus, anualmente, no dia 25 de
Dezembro. Queira ou não, todo aquele que festeja o Natal está a celebrar o
nascimento de um bebé aqui há uns dois milénios, um bebé que é Deus, filho de
Deus e que se fez carne. Celebrar o Natal e fazer profissão de Fé no nome de
Jesus e na sua divindade.
Do mesmo modo, a Páscoa é o tempo durante o qual os cristãos
fazem memória, festejam, celebram a Ressurreição de Jesus, em Jerusalém, depois
de ter sido torturado, assassinado e sepultado. Quem celebra a Páscoa faz
profissão de Fé em Cristo e na Ressurreição dos mortos.
Vivemos muito com símbolos, nuns casos eles fazem presente o
que está ausente, noutros casos ajudam a viver aquilo que simbolizam.
Há símbolos de Páscoa que estão directamente relacionados
com a Ressurreição do Senhor: a cruz que por ter sido vencida surge simbolizada
florida, colorida, empunhada pelo ressuscitado com aquela bandeira branca e
vermelha, o sepulcro vazio, o Senhor com os discípulos de Emaús, o Pão e o
Vinho da Ceia, luz como símbolo de Cristo (círio pascal), o branco.
Há outros símbolos que têm sido adicionados pela tradição
popular e que surgem como o lado profano da devoção. Em relação ao Natal há
situações praticamente irreconciliáveis com a Fé. Lembro a «magia do Natal»,
tão querida da filmografia norte-americana, e todas as que se relacionam
puramente com o consumismo, o despesismo e o folclore enquanto omitem
deliberadamente a única pessoa que interessa para a questão porque é dela que
derivam todos os festejos de Natal: Jesus, filho de Maria e José, Deus Palavra
de Deus. O pinheiro singelamente ornamentado e olhado como símbolo da vida que
nasce, no Presépio em Belém e no solstício de Inverno é sem dificuldade assimilado
pela Fé Cristã.
Porém, que dizer dos ovos de Páscoa, dos coelhos de Páscoa,
dos pintainhos de Páscoa?
Na vivência cristã e na formação das crianças, estes
símbolos não substituem os que estão relacionados com a ressurreição e a que
atrás fizemos referência. Mas podem, julgo mesmo que devem, ser encarados na
perspectiva cristã e explicados nessa mesma perspectiva.
A Páscoa é a Ressurreição de Jesus e a promessa da
ressurreição de todas as pessoas, é uma vida nova. Que melhor símbolo para a
vida, para uma vida nova, uma nova Criação que o ovo ou o pintainho que sai do
ovo! E o coelho animal que se reproduz a uma velocidade fantástica, símbolo da
fecundidade de Jesus, Palavra de Deus.
É conveniente enfrentar símbolos pagãos que desvirtuam a Fé
cristã, em especial as pessoas menos esclarecidas e as crianças. Por outro
lado, aceitemos e cristianizemos os símbolos que simbolizam verdadeiramente a
nossa Fé.
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