Eu tinha uma grande tristeza no meu coração sempre que ia
hospital da minha área, não por razões médicas, mas espirituais.
O hospital tem um espaço religioso, onde até se celebrava
missa, mas onde, ao contrário dos outros hospitais, nem uma cruz podia existir
quando o capelão não estava presente e havia celebração. Baseada na lei
existente, a administração do hospital persistia, desde a inauguração, numa
obstinada proibição de uma capela, contrariando o sentir de maioria dos doentes
do hospital, mas em consonância com a guerra à Cruz que alastra por toda a
Europa.
Quando visito os doentes, ao Domingo de manhã, em quase
todos os quartos as televisões estão sintonizadas na missa, em muitos casos os
doentes participam na missa da RTP e depois na da TVI, o que revela bem o
desejo dos utilizadores do hospital.
Certo Domingo, ao ir à ‘capela’, que não o era, pois quando
não havia missa nada a distinguia de qualquer outra sala, deixei uma medalha de
S. José em cima do altar, que também não era mais que uma mesa, sem dignidade
visível.
A medalhinha com a imagem do pai putativo de Jesus,
discretamente seria a presença cristã naquele lugar, em permanência.
A medalha desapareceu da mesa, mas surgiu depois no
porta-chaves em que estava a chave do sacrário.
A Beata Maria Repetto tinha grande devoção a São José e ela
divulgava a sua devoção distribuindo medalhinhas com a imagem do Patrono da
Igreja Universal, o custódio do Menino Jesus, por vontade do Pai, às pessoas.
Santo André Bessette foi talvez o maior divulgador da
devoção ao Pai da Igreja. Também Santo André usou as medalhinhas com a imagem
de S. José e através delas conseguiu de Deus muitos milagres de cura e de
conversão. Inclusivamente usou medalhas para massajar pessoas doentes e elas
revelaram-se remédio maravilhoso, por intercessão de S. José e desígnio de
Deus.
Eu creio que S. José, através da medalha com a sua imagem,
conseguiu de Deus mais um milagre. Na minha visita seguinte ao hospital, a sala
de culto já era uma verdadeira capela com Crucifixo, oratório da Sagrada
Família, imagem de Nossa Senhora de Fátima e Sacrário iluminado.
Louvado seja Deus, que enviou o seu próprio Filho a salvar
cada pessoa.
Louvado seja Deus que suscitou em S. José a disponibilidade
para proteger e cuidar nesta terra do seu Filho, Jesus, e de Maria, sua Mãe
santíssima.
Louvado seja S. José que, tendo protegido Jesus e Maria,
cuida agora da Igreja, continuando assim a cuidar do Corpo do seu Menino.
Invoquemos S. José todos os dias para o cuidado da Igreja e
das nossas famílias.
Imagem: "São José e o Cristo Menino" - Bartolomé Esteban Murillo (1617-1682)
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