Deus criou a totalidade do Cosmos, antes de Deus apenas
existia… Deus!
Feliz pela sua obra, Deus colocou o homem e a mulher no
Cosmos e ficou ainda mais feliz.
Instalados na Terra, os humanos beneficiaram da sabedoria de
Deus, usufruindo das mais diversas formas de vida e de graça. O Sol e a energia
vital que proporciona, a Lua que misteriosa e romanticamente se manifesta na
vida da Humanidade, a possibilidade de prospecção das profundezas do Universo
que ocupa as gentes, desde a observação dos magos na Antiguidade até às
modernas viagens espaciais e, de modo especial e capital, a sucessão da vida na
Terra, os dias, as semanas, as estações, os anos, as eras.
Conquanto não entendessem os mecanismos que condicionam a
vida que pulula na Terra, as pessoas inseriram-se e desfrutaram dela: Os dias
para gozar e trabalhar, a noite para descansar; e por aí adiante.
As pessoas aprenderam a retribuir a dádiva divina da sucessão
da vida, festejando-a com festas e celebrações para comemorar a volta dos dias ensolarados
e a vida a germinar na Primavera, as colheitas no Verão, o tempo de armazenar
no Outono ou a renovação no Inverno.
Na cultura cristã, o dia 1 de Janeiro foi tomado como base
para contagem do tempo anual.
A Natureza renova-se e as pessoas juram para si mesmas fazer
o mesmo. Como seres racionais imaginamos a nossa renovação de modo pleno e
verdadeiro: pôr um fim aos vícios que nos consomem a vida, amarmos mais e melhor
quem nos é querido, mesmo os anónimos ou o ambiente, e muito mais. E todos os
anos fazemos as mesmas promessas, talvez para nos iludirmos, talvez como
compensação para o resultado do exame de consciência que fazemos da vida levada
ao longo do ano que termina.
Propositadamente ignoramos que a conversão não é obra de um
jogo numa data escolhida mais ou menos ao caso e apresentada como uma espécie
de bilhete de euromilhões premiado. Mudar de vida, convertê-la em algo melhor
para nós, para os outros e para a Humanidade é consequência de uma tomada de
consciência e de atitude que se processa em cada dia.
Concluindo: façamos de cada dia de 2018 dia de Ano Novo, e
sejamos em cada dia melhores que no dia anterior.
Orlando de Carvalho
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