sábado, 30 de julho de 2016

Neo-fariseus



Os fariseus, do tempo de Jesus, eram fiéis devotos que levavam muito a sério todos os ritos e orientações dos livros e da tradição judaica.
A palavra fariseu significa santo e eram os fariseus quem antes de mais se designavam a si por este nome.
Tratando-se de pessoas fiéis piedosas, por que razão Jesus os terá criticado tanto?

Quem conhece o que vai no coração dos seguidores de qualquer religião, e de modo concreto dos cristãos, dos católicos? Ir à missa, receber os sacramentos, mostrar devoção a imagens religiosas significará amor e adoração a Deus no interior do coração dessa pessoa?
Quem observa, de fora, uma família harmoniosa, saberá se os esposos são mutuamente fiéis, se os pais cuidam pacientemente dos filhos, se os mais velhos são convenientemente reverenciados, ou ao menos estão livres de maus tratos?

Provavelmente há hoje na Igreja pessoas devotas acerca das quais resta a dúvida: será a devoção dessas pessoas da mesma estirpe da dos fariseus? Não deverá cada cristão e cada católico, daqueles que se consideram devotos, piedosos, praticantes, cumpridores dos preceitos, tentar estabelecer na sua consciência em que falhavam os fariseus, por que razão Jesus criticava sistematicamente o farisaísmo, se eles não procuravam mais que cumprir tudo o que estava determinado na lei?
Depois, tentar descobrir, cada um de nós, se, por acaso, não somos mais que neo-fariseus.
Eles andam por aí, os neo-fariseus. Cuidem-se os fiéis. O caminho para Jesus será o indicado pelo Papa Francisco ou o trilhado pelos neo-fariseus? 

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