domingo, 15 de abril de 2018

Cristiano Ronaldo saltou mesmo?


Estamos tão habituados a conviver com o boato e a mentira que acabamos por os aceitar com naturalidade. Noutros casos negamos factos reais por os considerarmos demasiado extraordinários.
As lendas de Alcácer-Quibir, do Infante D. Henrique, de Viriato, da vida amorosa de Luís de Camões – quantas vezes acreditamos mais facilmente na mentira que na verdade! E, passados alguns séculos, quanto vale uma investigação histórica ou científica?
A análise científica da tilma de Juan Diego de Cuauhtlatoatzin onde está gravada a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe tem revelado imagens extraordinárias. 


Mas poderão as conclusões científicas motivar a fé de alguém? Que poderemos pensar acerca da veracidade do Sudário de Turim, onde terá ficado gravada a imagem do rosto de Jesus quando uma tal Verónica Lhe limpou o rosto enquando tinha o rosto coberto de sangue e suor, no percurso sagrado a caminho do Calvário?
Há tantas pessoas que ainda não acreditam que aconteceu a alunagem de humanos!


O pontapé de bicicleta de Cristiano Ronaldo foi aplaudido pelo rei Pelé, pelo guarda-redes Buffon, e pelos adeptos da Juventus presentes no estádio. Todavia, passados dois ou três dias, já havia jogadores de futebol a clamarem que tinham marcado golos de igual brilhantismo. Coitados! Tinham apenas dor de cotovelo. Mas é assim que se deturpa a verdade. Quem acreditará passados 50 ou 100 anos, para não dizer séculos, que existiu uma pessoa capaz de tal feito? Não terá sido um registo de efeitos especiais?

Vem esta conversa a propósito de tantos negarem ainda peremptoriamente o Evangelho. Reclamam provas. Há padres que põem em causa milagres de Jesus relatados na Bíblia, mas que acreditam no golo de bicicleta de Cristiano Ronaldo. Porque viram o golo na televisão, acreditam. Porque não entendem a possibilidade de caminhar sobre a água nem como se pode simplesmente curar uma doença incurável, duvidam. Para estes é mais válido o testemunho da televisão que a fé.
Só existe uma opção válida para as pessoas com dificuldade em acreditar totalmente no Evangelho, ou na missão co-redentora de Maria: muita oração. Depois, mais oração. E mais oração, ainda, invocando a ajuda do Espírito Santo.

Orlando de Carvalho

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