quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

Democracia é comunismo? - pergunta Bispo brasileiro

Virou moda chamar de comunista. 

Falar de democracia virou comunismo

Fonte do artigo: https://www.cartacapital.com.br/sociedade/virou-moda-chamar-de-comunista-falar-de-democracia-virou-comunismo/?fbclid=IwAR0IqoVY3ISD1j1FEJQsgjWvXndFIY-lQYtTlaICPlLARoQAlrgU0ORxsWc

Transferido à Amazônia após oito anos na cúpula da CNBB, Dom Leonardo Steiner promete não se omitir diante do governo

“Estamos tentando governar o País na base de notícias falsas, da agressividade, da violência. Isso não constrói um Brasil. (…).” A afirmação não foi ouvida em nenhum plenário ou palanque, mas do altar. Mais precisamente, na missa que consagrou Dom Leonardo Steiner, ex-secretário-geral da CNBB, o novo arcebispo de Manaus. Depois de oito anos ocupando o cargo de mais destaque da conferência, o catarinense promete manter neste novo capítulo o tom combativo que marcou sua trajetória até aqui.

Sua chegada é vista como um contraponto à apatia que tomou conta da CNBB desde as últimas eleições, em maio. Embora a temida guinada à direita não tenha se concretizado, a conferência tem moderado o tom crítico ao governo. Prevaleceu nos bastidores a tese de que uma reação aguda daria ao bolsonarismo um ‘inimigo ideal’.
De formação franciscana, Steiner é discípulo de Dom Pedro Casaldáliga, o ‘bispo do povo’. Também mantém proximidade de dom Claudio Hummes, o cardeal brasileiro que mais influencia o papa Francisco. Fora da cúpula da CNBB, pediu à Santa Sé transferência para a Amazônia é o quarto franciscano que, desde o Sínodo, assumiu dioceses naquela região.

O bispo defende uma aproximação dos católicos com a política. “Nesse momento, precisamos de pessoas lúcidas“. Sobre a pecha de ‘comunista’ que muitas vezes recai sobre a CNBB, retruca: “A CNBB teve e tem um papel fundamental na sociedade brasileira, apesar do desejo de que ela se cale. A grande maioria não leu Marx.
Em entrevista a CartaCapital, ele fala sobre o novo ofício e as similitudes entre política e religião.

CartaCapital: Há quem diga que a CNBB, o senhor e o próprio Papa são comunistas. Como reage a essas acusações?
Dom Leonardo Steiner: Dom Helder dizia: “Quando dou comida aos pobres, me chamam de santo. Quando pergunto porque eles são pobres, chamam-me de comunista.” Hoje virou moda agredir as pessoas com comunismo, chamar de comunista. Falar de democracia virou comunismo. Se fala tanto em ideologia e não se percebe que se fala a partir de uma ideologia. A ideologia que não consegue dialogar com outra torna-se devagar, uma espécie de ditadura do pensar e conviver.
Estive por oito anos a serviço da CNBB e encontrei muitas pessoas a serviço dos pobres, discutem democracia e justiça, solidariedade e fraternidade. A CNBB teve e tem um papel fundamental na sociedade brasileira, apesar do desejo de que ela se cale. A grande maioria não leu Marx. É melhor tentar viver o Evangelho, a vida de Jesus, que perder tempo com essas afirmações.

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