quinta-feira, 9 de outubro de 2025

A fé e o grão de Mostarda

 

 

Iniciámos esta semana no Domingo 5 de Outubro, celebrando a Eucaristia do 27º Domingo do Tempo Comum.

Aquela em que Jesus desafia a nossa fé com as célebres, e dramáticas, palavras:

Se tivésseis fé como um grão de mostarda, diríeis a esta amoreira: ‘Arranca-te daí e vai plantar-te no mar’, e ela obedecer-vos-ia.

Participei na missa e ouvi o presidente da celebração dizer que nunca tinha visto um grão de mostarda, mas supunha que fosse muito pequeno.

Ora, eu, há muitos anos, falei deste assunto na catequese e, para explicar aos meus catequizandos o que era um grão de mostarda, comprei, numa mercearia ou supermercado, na secção de especiarias. Não critico o padre da homilia deste Domingo, apenas tento ajudar com a minha experiência quem estiver na mesma situação.

Para isso, coloco duas fotografias que podem dar uma perspectiva do tamanho do grão de mostarda. 

 


 

 

Para complementar a informação, acrescento que a planta que dá os grãos de mostarda, semente de mostarda, é uma espécie de couve, que se cultiva na horta. Todavia, cresce mesmo muito e fica com aspecto de árvore, daí as observações que Jesus faz no Evangelho (Lc 17, 5-10).

Outra questão que este trecho do Evangelho levanta é o da medição da fé. “Se tivésseis fé do tamanho de um grão…”. Então a fé mede-se? Haverá alguma espécie de fé-ómetro? Não, nós não temos maneira de medir a fé, nem a dos outros, nem a nossa. Mas Deus conhece a fé de cada um, porque é Ele que no-la dá; nós apenas a adubamos para que cresça ou a deixamos definhar ou a repudiamos definitivamente. Creio que Jesus se refere precisamente à nossa predisposição e abertura para abraçar a fé, esse dom que recebemos, e permitirmos que viva nos nossos corações.

Embora este texto se refira ao Evangelho de Domingo passado, espero ter deixado elementos que auxiliem na acção pastoral e catequética dos agentes desses ministérios.

 

Senhor, eu creio, mas aumenta a minha fé.