sexta-feira, 25 de novembro de 2016

ESTANDARTE DO MENINO JESUS (1)



Começou há já algumas semanas a azáfama de Natal.
Temos que distinguir entre azáfama, negócio, comemoração, celebração.
A azáfama são os trabalhos referentes ao Natal. São as decorações, religiosas ou não, as compras, as reuniões de família, as compras, a gastronomia, as celebrações.
O negócio do Natal são todos os trabalhos que têm um objectivo de lucro comercial.
A comemoração vai desde a árvore de Natal num estabelecimento comercial até aos filmes de Natal.
A celebração é a essência do Natal: a festa de anos de Jesus, o louvor a Deus e acção de graças pelo mistério da Encarnação.
Em verdade, a azáfama que começa sempre primeiro é a das decorações de rua e, ainda antes, a das encomendas que os comerciantes fazem de produtos para vender no Natal.
Esta parte comercial do Natal é muito útil. No imaginário popular, a ligação de certas coisas ao Natal, cada uma com a sua justificação própria (luz, peru, bacalhau, etc.), pode ajudar a interiorizar a tal essência do Natal e a vivê-la em comunidade.
Se não existissem encomendas atempadas de bacalhau, os comerciantes não tinham as grandes quantidades que costumam ser necessárias. Ora, a Igreja tem recomendado a abstinência de carne na véspera de Natal. Mas a felicidade das pessoas é tão grande pela presença de Jesus nesta comemoração que querem comida de festa. O bacalhau ou o polvo surgiram então como substitutos da carne para a véspera, pois no dia, a tradição manda que seja carne à farta.
Quando as decorações de Natal já enchem as ruas, tão cedo, ainda muito antes de o Advento começar, os fiéis criticam. Os desinteressados apreciam. Muitos fiéis, sem entrarem no âmago da questão, vão substituindo, primeiro as manifestações celebrativas (presépio) por decorações descartáveis, depois esquecem mesmo o que é o Natal.
Há uns anos surgiu no Patriarcado de Lisboa a ideia de se encomendarem uns estandartes em pano vermelho com a imagem do menino Jesus estampada. Logo no ano seguinte apareceram nas lojas chinesas outros estandartes de imitação e mais baratos. Uns ou outros, conforme a estética e a bolsa da cada um, servem o mesmo efeito.
O Natal vem aí: adquira um estandarte do menino Jesus e coloque-o à janela. Para que todos saibam que é cristão.
No Oriente Médio, um estandarte do Menino Jesus à janela pode dar direito a ser assassinado por ser cristão. E na Europa, a pressão da maçonaria vai no mesmo sentido de intimidação dos cristãos.
No Oriente Médio, irmãos cristãos morrem por dar testemunho da sua fé. Então, faz como eles, pois não te vão matar por isso. Começa já a celebrar o Natal com um símbolo de Jesus. Que não seja um símbolo ambíguo, daqueles que não se sabe se estamos a celebrar o filho de Deus, as bruxas ou o carnaval. Um estandarte ou outro que seja também presença de Jesus.

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