Começou há já algumas semanas a azáfama de Natal.
Temos que distinguir entre azáfama, negócio, comemoração,
celebração.
A azáfama são os trabalhos referentes ao Natal. São as
decorações, religiosas ou não, as compras, as reuniões de família, as compras, a
gastronomia, as celebrações.
O negócio do Natal são todos os trabalhos que têm um
objectivo de lucro comercial.
A comemoração vai desde a árvore de Natal num
estabelecimento comercial até aos filmes de Natal.
A celebração é a essência do Natal: a festa de anos de
Jesus, o louvor a Deus e acção de graças pelo mistério da Encarnação.
Em verdade, a azáfama que começa sempre primeiro é a das
decorações de rua e, ainda antes, a das encomendas que os comerciantes fazem de
produtos para vender no Natal.
Esta parte comercial do Natal é muito útil. No imaginário
popular, a ligação de certas coisas ao Natal, cada uma com a sua justificação
própria (luz, peru, bacalhau, etc.), pode ajudar a interiorizar a tal essência
do Natal e a vivê-la em comunidade.
Se não existissem encomendas atempadas de bacalhau, os
comerciantes não tinham as grandes quantidades que costumam ser necessárias. Ora,
a Igreja tem recomendado a abstinência de carne na véspera de Natal. Mas a
felicidade das pessoas é tão grande pela presença de Jesus nesta comemoração
que querem comida de festa. O bacalhau ou o polvo surgiram então como
substitutos da carne para a véspera, pois no dia, a tradição manda que seja
carne à farta.
Quando as decorações de Natal já enchem as ruas, tão cedo,
ainda muito antes de o Advento começar, os fiéis criticam. Os desinteressados
apreciam. Muitos fiéis, sem entrarem no âmago da questão, vão substituindo,
primeiro as manifestações celebrativas (presépio) por decorações descartáveis,
depois esquecem mesmo o que é o Natal.
Há uns anos surgiu no
Patriarcado de Lisboa a ideia de se encomendarem uns estandartes em pano
vermelho com a imagem do menino Jesus estampada. Logo no ano seguinte
apareceram nas lojas chinesas outros estandartes de imitação e mais baratos. Uns
ou outros, conforme a estética e a bolsa da cada um, servem o mesmo efeito.
O Natal vem aí: adquira um
estandarte do menino Jesus e coloque-o à janela. Para que todos saibam que é
cristão.
No Oriente Médio, um estandarte
do Menino Jesus à janela pode dar direito a ser assassinado por ser cristão. E na
Europa, a pressão da maçonaria vai no mesmo sentido de intimidação dos
cristãos.
No Oriente Médio, irmãos
cristãos morrem por dar testemunho da sua fé. Então, faz como eles, pois não te
vão matar por isso. Começa já a celebrar o Natal com um símbolo de Jesus. Que não
seja um símbolo ambíguo, daqueles que não se sabe se estamos a celebrar o filho
de Deus, as bruxas ou o carnaval. Um estandarte ou outro que seja também
presença de Jesus.
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