Laicidade? Eu sou
cristão
Numa reunião da Câmara Municipal de Viseu, a 28 de Dezembro
de 2017, o vereador Pedro Baila Antunes, do PS, pediu que fosse retirado o
crucifixo que se encontra no Salão Nobre da autarquia:
- A quase totalidade das escolas já retirou os crucifixos, bem
como os edifícios públicos.
Como resposta o presidente da edilidade, Almeida Henriques,
do PSD, disse:
- O crucifixo estará presente no Salão Nobre enquanto for
presidente em respeito à história e tradição que representa, e por representar
a maioria do povo visiense.
Posteriormente, Ricardo Alves, presidente da Associação
República e Laicidade
fez uma pequena investigação e descobriu que também as
câmaras de Lamego e Sernancelhe têm crucifixos no Salão Nobre. Espantado com o
facto, fez um requerimento que entregou em cada uma das três autarquias,
exigindo (com que autoridade?) que retirassem, no prazo de 10 dias, os
referidos crucifixos como forma de repor a legalidade e a constitucionalidade.
Os 10 dias passaram entretanto e Ricardo Alves vai passar à
segunda fase:
- Vou entregar um pedido ao Tribunal Administrativo para que
haja uma ordem judicial que obrigue a tirar os crucifixos.
O presidente da ARP, e também professor universitário, afirma:
-A sede do poder político não se deve confundir com um local
religioso. Tem de ser neutro. Uma câmara não pode decidir que adopta uma determinada
religião como a oficial.
A adjunta do presidente da Câmara de Viseu, Ana Maria Pimentel,
disse à revista Visão que não perderão tempo com questões menores; que a
edilidade respeita todas as religiões e que o crucifixo continua e continuará
na parede do Salão Nobre, porque representa o respeito pelos valores cristãos
da esmagadora maioria da população viseense e que está ali apenas como um acto
simbólico e não como doutrina. A Câmara de Viseu não recebe lições de ninguém
pois respeitam todas as confissões religiosas. FONTE
Em 16 de Fevereiro deste ano, o Jornal do Centro, noticiava
que a tal lúgubre associação e o seu presidente (que não representam ninguém,
evidentemente, muito menos em comparação com qualquer Câmara democraticamente
eleita), com o apoio dos vereadores da CDU de Lamego, ia finalmente avançar
para tribunal.
Noticiava ainda que a outra Câmara, a de Sernancelhe, pela
voz do seu presidente considerava todo este processo uma brincadeira de
Carnaval.
A Comunidade Dies Domini aguarda que o senhor Ricardo Alves,
a sua lúgubre associação e os activistas do Partido Socialista tenham a
coragem, a ousadia, a coerência e os testículos necessários para exigirem ao Presidente
da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que “no prazo de 10 dias” remova do
Palácio de Belém a enorme quantidade de crucifixos e outros símbolos da Fé
Cristã que lá estão em exibição. Ou isto, ou agirem como cobardes, frouxos,
fracalhões, enfim, meterem o rabo entre as pernas e acovardados calarem-se.
É altura de todos os cristãos dizerem que são gente, que são
maioria neste país e que querem ser tratados como portugueses e ver os seus
valores respeitados por todos, nomeadamente pelas minorias e associações lúgubres.
Esta notícia tem de ser difundida. É urgente. Os cristãos na Síria foram
proibidos de tudo, foram obrigados a colocar nas suas portas um sinal para
serem identificados pelas milícias muçulmanas, de pagar multa por serem
cristãos e depois… têm sido decapitados. E na China… E na ex-União Soviética…
Orlando de Carvalho
- As imagens deste artigo estão expostas no Palácio de Belém, o centro nevrálgico da Rep´blica Portuguesa