domingo, 31 de dezembro de 2017

Boas vindas a um novo ano




Como saudar um ano que está quase a entrar nas nossas vidas? Ou seremos nós a entrar nele?
Com balões, fogo-de-artifício, abraços (mesmo àqueles que andei a tramar neste ano em que ainda estou enquanto escrevo), repetir os projectos e as intenções que formulo todos os anos, acrescentado dos que estiverem na moda este ano?
Vou apoiar-me na experiência recente para compor um cenário de futuro.
Quem prejudiquei em 2017, quem magoei? Pois todos os dias magoamos alguém, sem nos darmos conta fazemos alguém chorar, e os primeiros são tantas vezes os que mais amamos… perdão Ana. Quero ser mais paciente, como São Paulo pede na Epístola deste dia. Menos eu. Não em 2018, mas sempre.
Quero recordar os momentos menos bons, as doenças, os acidentes, as desavenças que aconteceram com aqueles que mais amo e também com os outros. As dores dos que passam fome, dos que são abusados, dos que vivem e morrem na guerra. Misericórdia, ó Deus, misericórdia. Amigos com cancro, amigos com doenças que nem enuncio, mas que podem doer ainda mais, porque são pessoas que residem dentro do meu coração.
Rezo pelos que me desdenham. O Senhor seja misericordioso.
Dou graças pelos favores divinos. Em primeiro lugar a dádiva da Vida. A vida dos que vão chegando a este mundo, a vida que brota do amor e do parto, a vida dos que chegam à minha vida e entram na minha vida, pela amizade e pelo amor, a vida de todos os que continuam vivos e no meu convívio, a vida dos que partiram para o Céu.
Cito Francisco Inocêncio, saúde e trabalho, patrão e clientes, mas principalmente paz e caridade de brota tudo o mais.
Olhei para 2017 e já sei o que quero para 2018. Verdade, honestidade, solidariedade – não as palavras do costume, essas ficam abolidas. Beijos e abraços, apenas do coração, que exprimam partilha e amor. E gestos. Principalmente gestos. De conversa inconsequente está o Inferno cheio.

A todos: O Senhor te abençoe e te proteja. O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face e te seja favorável. O Senhor volte para ti os seus olhos e te conceda a paz. Ámen. (Num 22,24-25)

Orlando de Carvalho

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