sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Casa do Pão


A Sagrada Escritura contém uma importante colecção coincidências de factos, associados normalmente em sequência, que devem chamar a nossa atenção. Reflectindo, há-de surgir a grande interrogação: estas ocorrências resultam de coincidência simples ou inserem-se num plano elaborado cuidadosamente por Deus?

Poderíamos escrever a história bíblica do Pão, através de um relato desde os primeiros tempos aos nossos dias, passando pelo maná do deserto, pelo sacrifício de Melquisedeque, até aos milagres eucarísticos testemunhados nos nossos dias.

Jesus presidiu à refeição do Cenáculo durante a qual manifestou a sua perpétua permanência visível junto da Igreja peregrina através de uma misteriosa transubstanciação. Ele intitulou-Se mesmo o Pão da Vida. Como natural de Belém, Jesus é belenense. Ora, a palavra Belém significa Casa do Pão. Nesta perspectiva Jesus é natural da Casa do Pão, isto é, Jesus é Pão.

O que Jesus viria a declarar durante a Última Ceia, estava já escondido desde que a Virgem Maria deu à luz o Menino, estava latente, mas completamente encoberto, desde que os profetas anunciaram onde iria nascer o Messias.

Não foi coincidência, no sentido de obra do acaso, Jesus ter nascido em Belém. Nasceu lá porque ele já era belenense, isto é Pão, como nós acreditamos e sabemos, Pão da Vida.

A Bíblia é verdadeira em tudo o que afirma acerca da Revelação, embora exija que a saibamos ler, isto é, que a leiamos abertos à inspiração e orientação do Espírito Santo.



Orlando de Carvalho

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