segunda-feira, 25 de maio de 2020

LITURGIA apontamentos 6


A oração, de modo especial a oração presidencial, estrutura-se em quatro partes. Estas podem estar mais ou menos explícitas ou haver mesmo alguma omissão.

1.    Invocação
a.    Invocamos ou chamamos aquele a quem se dirige a oração
2.    Evocação ou anamnese
a.    Trazer à memória algum argumento para a oração, muitas vezes um “elogio” ao que foi invocado
3.    Súplica ou epiclese 
a.    É feito um pedido, ou súplica, de uma graça. Muitas vezes, este é o motivo da oração. A epiclese é o pedido da descida do Espírito Santo para que, por Ele, se realize o que pedimos.
4.    Conclusão
a.    Normalmente, na oração dirigida ao Pai: Por Nosso Senhor Jesus Cristo, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Esta fórmula mais geral pode ser simplificada ou modificada, consoante as circunstâncias. Por exemplo: Isto, nós Vos pedimos por intercessão da Virgem Maria, Mãe de Vosso Filho Jesus Cristo.

Exemplifiquemos com a Oração Pós-Comunhão do Domingo VI da Páscoa, onde se identificam facilmente as quatro partes.

·         Senhor Deus todo-poderoso,
·         que em Cristo ressuscitado nos renovais para a vida eterna,
·         multiplicai em nós os frutos do sacramento pascal
e infundi em nossos corações a força do alimento que nos salva.
·         Por Nosso Senhor.

Também na oração fora da liturgia oficial, seja individual ou de um grupo, pode ser proveitoso tentar seguir este esquema, pois muitas vezes o fiel tem dificuldade em dizer o que quer, ou mesmo em saber o que quer dizer.
Vejamos em esquema:

Ó Deus infinitamente bom
Que nunca esqueceis os pobres e sofredores
Enviai-nos o Consolador para curar as nossas feridas
Isto vos pedimos por intercessão de vosso Filho Jesus Cristo, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Exercício
Procure no missal dominical orações e tente dividi-las segundo este esquema, sabendo que a correspondência nem sempre existe ou é fácil de identificar.

Orlando de Carvalho

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