Deus revelou a Adão, Noé e Abraão qual o tipo de conduta que
esperava e exigia ao homem: justiça e honestidade.
A Moisés, Deus revela a plenitude da Lei. Ou, pelo menos,
aquela que foi tomada na altura como a sua plenitude.
De facto, a plenitude realiza-se com Jesus Cristo, que não
vem alterar a lei de Moisés nem dos Patriarcas, mas completá-la, conforme as
suas próprias palavras. Esta lei completada constitui a Boa Nova ou Evangelho.
Jesus mandou aos seus seguidores que a proclamassem em toda
a parte e para sempre. É a esta proclamação do Evangelho que chamamos
Evangelização.
Tal como o povo escolhido para celebrar a Antiga Aliança, os
hebreus, esqueceu diversas vezes o cumprimento dessa mesma Aliança, assim
também os cristãos, com quem Deus celebrou a Nova e Eterna Aliança.
Assim pois, tal como antes Deus suscitara profetas no meio
do seu povo, agora Deus suscita entre o seu povo missionários para
evangelizarem os que não conhecem a lei e aqueles a quem eu chamo Novos-evangelizadores
e que evangelizam aqueles que já conhecem a lei mas, tal como antigamente os
hebreus, dEla estão esquecidos.
Penso em Francisco de Assis e Domingos de Gusmão que em
determinada altura chamaram para o seio da Igreja as seitas então florescentes
e moralizaram a própria hierarquia da Igreja. Penso no Padre Cruz que numa
sociedade que se dizia ateia e excluía e ridicularizava o clero e a Igreja, e
os fiéis de um modo geral, chamou com êxito os homens à conversão. Penso em
Paulo VI e João Paulo II que na sociedade consumista e materialista também
proclamaram a Nova Evangelização como cruzada do século XX.
Orlando de Carvalho e Ana Luísa Carvalho