Liturgia é uma celebração, isto é, uma realidade que nos é
dada no interior da Igreja, que lhe pertence, que a exprime, que a constrói e
essa realidade chega ao meu hoje através de sinais a que chamamos ritos.
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Celebrar é tornar célebre
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Célebre é algo que não se esgotou, que perdura
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Por exemplo: música célebre é aquela que
continua a interpretar-se muito tempo depois.
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Célebre é diferente de famoso
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Bach (Johann Sebastian Bach) é célebre. E José
Saramago é famoso.
Celebrar é proclamar as qualidades que tornaram uma coisa
célebre: anunciar, publicar.
Celebrar é o conjunto das acções litúrgicas que fazem chegar
até mim, hoje, o acontecimento cuja raiz está no passado.
Celebrar não é uma aula, uma escola, é um fazer, um agir.
A celebração não existe nos livros, mas no fazer.
O almoço não existe na receita de culinária, nem sequer nos
sacos de compras do com produtos para cozinhar o almoço. O almoço é a refeição
que se toma.
A liturgia é uma acção sagrada e está relacionada com Deus.
O ministro da liturgia usa paramentos (antes chamados
vestimentas). Ao usar o paramento, o ministro tem que andar noutro ritmo. o
paramento, a túnica, marcam um ritmo diferente. Não se pode correr com a túnica
vestida, o que nem sempre é devidamente cuidado pelos responsáveis de acólitos,
que correm nas igrejas, como o fazem alguns sacerdotes.
A liturgia é uma acção sagrada, porque quem nela age é o
autor da acção evocada.
Orlando de Carvalho
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