quinta-feira, 14 de maio de 2020

LITURGIA apontamentos 2


É Jesus Cristo quem preside à celebração litúrgica, embora na pele do bispo, do presbítero.
A vida eterna, a comunhão com Deus, é-nos dada a saborear nas acções litúrgicas.
O presidente de qualquer celebração é um ministro ordenado. Quando a função é exercida por um não ministro ordenado, dizemos normalmente que orienta. Pelo sacramento da Ordem, o ministro fica ligado ao autor Jesus Cristo, que ele representa na celebração.
Todas as acções litúrgicas pertencem a todo o Corpo da Igreja (expressam-no, manifestam-no, implicam a Igreja, infestam ou proliferam a Igreja). Não são pertença do grupo particular que está presente na celebração.
A devoção particular não deve, por princípio, destacar-se, na acção litúrgica, pois esta é colectiva[1].
A liturgia não é um acto de devoção. A liturgia é um mandato do Senhor.
Os fiéis são convocados para a liturgia dominical, não pelo seu gosto ou devoção, mas por um mandamento de Cristo. Os sacramentos devem ser recebidos devotamente, mas não dependem da devoção do fiel.
A acção litúrgica é pública. Rigorosamente não há liturgia sem Assembleia.

Orlando de Carvalho


[1] O padre não deve intercalar na missa uma intenção sua particular. Por exemplo, rezar uma Ave Maria, porque é o seu aniversário, ou por um doente. Pode pedir pelo doente, na Oração Universal, por exemplo.

2 comentários:

  1. E isso mesmo, Orlando.
    Mas às vezes vê-se, até por parte de alguns sacerdotes, alguma falta de noção do que é o quê.

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