Quaresma ano B - Domingo de Ramos - Celebração com as crianças

 

 

Estes subsídios catequéticos que temos vindo a publicar têm o propósito de adaptar a linguagem litúrgica de modo a torná-la mais acessível às crianças, de acordo com o Directório das Missas com Crianças. No Brasil, a CNBB entendeu que as instruções deste Directório deviam aplicar-se também a comunidades em que fosse útil usar linguagem mais acessível.

Este trabalho que temos vindo a desenvolver, e que sabemos que tem sido aproveitado nalgumas comunidades paroquiais, tem o objectivo de fornecer ferramentas que possam ser usadas na aproximação das crianças, e não só, à Liturgia, que nem sempre usa palavras muito acessíveis. Não pretende substituir os textos litúrgicos

2024-03-23/24              

DOMINGO DE RAMOS NA PAIXÃO DO SENHOR

Percurso da Via Sacra encenada pela catequese.

O Povo, os ministros e os que participam na Via Sacra reúnem-se no Adro da Igreja.

O sacerdote, em vez da casula, pode levar o pluvial, que deporá terminada a procissão, para vestir a casula.

ANTÍFONA
Hossana ao Filho de David.
Bendito o que vem em nome do Senhor, o Rei de Israel.
Hossana nas alturas.

O sacerdote e os fiéis benzem-se, enquanto o sacerdote diz: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Depois, saúda o povo na forma habitual e faz uma breve admonição aos fiéis, exortando-os a participar ativa e conscientemente na celebração deste dia.

Seguidamente, o sacerdote, de braços abertos:

Oremos.
Deus infinitamente bom e eterno,
santifica com a tua + bênção estes ramos,
para que, acompanhando a Cristo nosso Rei
nesta celebração festiva,
entremos com Ele no Paraíso.
Ele que vive e reina pelos séculos dos séculos.
R. Ámen.


Terminada a oração, asperge os ramos com água benta, sem dizer nada.
A seguir, faz a proclamação do Evangelho da entrada do Senhor. Se for oportuno, pode usar-se o incenso.


Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo segundo são Marcos.

Naquele tempo,
Jesus e os seus discípulos aproximaram-se de Jerusalém,
perto do Monte das Oliveiras.
Jesus disse a dois dos discípulos:
- Vão à povoação ali em frente
que en­contram logo à entrada um jumentinho preso
que ninguém montou ainda.
Soltem e tragam o jumento.
Eles foram e encontraram um jumentinho preso, na rua,

jun­to a uma porta, e soltaram-no.
Os discípulos trouxeram o jumentinho a Jesus
e puseram as suas ca­pas em cima;
e Jesus sentou-Se em cima dele.
Então muitas outras pessoas

estenderam as suas capas ao longo do caminho,

à medida que Jesus passava montado no jumentinho;
outras pessoas puseram ramos que tinham cortado no campo.
E todos gritavam:
«Hossana! Bendito o que vem em nome do Senhor!
Bendito o reino que vem, o reino do nosso pai David!
Hossana nas alturas!»

Palavra da salvação.


Depois do Evangelho, pode fazer-se uma breve homilia. Para anunciar o começo da procissão de entrada na igreja, o sacerdote ou outro ministro leigo idóneo pode fazer uma admonição, dizendo estas palavras ou outras semelhantes:
Vamos fazer como a multidão que aplaudia Jesus na cidade santa de Jerusalém
e caminhemos em paz.


Ao chegar ao altar, o sacerdote faz-lhe a devida reverência e, conforme as circunstâncias, incensa-o. Seguidamente, dirige-se para a sua cadeira, depõe o pluvial, se o usou, e veste a casula. Omitem-se os outros ritos iniciais e o Kýrie.


Oração coleta
Deus infinitamente bom e eterno!

Tu quiseste salvar a humanidade e para isso

o nosso Salvador fêz-Se homem
e carregou a cruz.

Ajuda-nos a viver unidos a Jesus na sua paixão

Para, unidos a Ele, também ressuscitarmos depois da morte.

Ele que é Deus e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.



SALMO 21
Refrão: Meu Deus, meu Deus,
porque me abandonastes? Repete-se

Todos os que me vêem escarnecem de mim,
estendem os lábios e meneiam a cabeça:
«Confiou no Senhor, Ele que o livre,
Ele que o salve, se é seu amigo». Refrão

Matilhas de cães me rodearam,
cercou-me um bando de malfeitores.
Trespassaram as minhas mãos e os meus pés,
posso contar todos os meus ossos. Refrão

Repartiram entre si as minhas vestes
e deitaram sortes sobre a minha túnica.
Mas Vós, Senhor, não Vos afasteis de mim,
sois a minha força, apressai-Vos a socorrer-me. Refrão

Hei-de falar do vosso nome aos meus irmãos,
hei-de louvar-Vos no meio da assembleia.
Vós, que temeis o Senhor, louvai-O,
glorificai-O, vós todos os filhos de Jacob,
reverenciai-O, vós todos os filhos de Israel. Refrão


(Diálogo: N, narrador, R, leitor, J, Jesus)
N Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo
segundo S. Marcos

Naquele tempo,
os principais sacerdotes reuniram-se,
logo de manhã,
com os outros chefes religiosos.

Depois de amarrarem as mãos de Jesus,

como se faz aos prisioneiros,
foram entregá-l’O a Pilatos.
Pilatos perguntou a Jesus:
R «Tu és o Rei dos judeus?».
N Jesus respondeu:
J «É como dizes».
N E os chefes dos sacerdotes
faziam muitas acusações contra Jesus.
Pilatos voltou a interrogar Jesus:
R Não respondes nada? Estão a acusar-Te de tantas coisas!
N Mas Jesus nada respondeu,
e Pilatos estava muito admirado.

Era costume, na festa da Páscoa,
soltar um preso à escolha do povo.
Havia um homem preso por matar pessoas, chamado Barrabás.
A multidão começou a pedir a libertação de um preso

como era costume.
Pilatos perguntou então:
R «Querem que eu mande soltar o Rei dos judeus?».
N Pilatos sabia que os chefes dos sacerdotes
tinham entregado Jesus por inveja.

Entretanto, os chefes dos sacerdotes
mandavam a multidão
pedir que Barrabás fosse libertado.
Pilatos voltou a perguntar:
R «Então, que hei-de fazer d’Aquele
que vocês dizem que é o Rei dos judeus?».
N A multidão gritou outra vez:
R «Crucifica-O!».
N Pilatos insistiu:
R «Que mal fez Ele?».
N Mas eles gritaram com mais força:
R «Crucifica-O!».
N Então Pilatos, para contentar aquela gente toda,
deu ordem para libertarem Barrabás
e mandou chicotear Jesus

para ser crucificado a seguir.

Os soldados levaram Jesus para dentro do palácio.
Depois de O despirem, puseram um manto de cor vermelha púrpura

por cima de Jesus e enterraram uma coroa feita de espinhos

na cabeça de Jesus.

Depois começaram a tratar Jesus como se fosse rei

para se rirem dele, por maldade:
R «Viva o Rei dos judeus!».
N Batiam-Lhe na cabeça com uma cana, cuspiam-Lhe
e ajoelhavam na frente de Jesus.
Depois de terem ridicularizado e humilhado Jesus,
tiraram-Lhe o manto vermelho
e vestiram-Lhe as suas roupas.
Em seguida levaram-n’O para O crucificarem.
N Apanharam um homem que vinha do campo, chamado Simão e que morava em Cirene, para ajudar Jesus a carregar a cruz.
E levaram Jesus para um lugar chamado Calvário.

Tentaram dar a beber a Jesus vinho misturado com mirra,
mas Ele não quis beber.
Depois crucificaram-n’O.
E dividiram entre si as roupas de Jesus,

tirando à sorte, que peça de roupa levaria cada um.
Eram nove horas da manhã quando O crucificaram.
O letreiro que indicava a causa da condenação à morte
tinha escrito: «Rei dos Judeus».
Crucificaram com Ele dois ladrões,
um à direita e outro à esquerda.
Os que passavam insultavam Jesus
e abanavam a cabeça, dizendo:
R «Então és Tu que dizias que destruías o templo

e o voltavas a erguer em três dias,
se é verdade, então salva-Te a Ti mesmo e desce da cruz».
N Os chefes religiosos também faziam troça e diziam:
R «Salvou os outros e não consegue salvar-Se a Si mesmo!
Se é o Messias, o Rei de Israel, como Ele dizia,

então que desça agora da cruz,
para nós vermos e acreditarmos».
N Até os que estavam crucificados com Ele O insultavam.
Quando chegou o meio-dia,
as trevas envolveram toda a terra
até às três horas da tarde.
E às três horas da tarde, Jesus gritou com voz forte:
J «Eloí, Eloí, lemá sabactáni?».
N Que quer dizer:
«Meu Deus, meu Deus, porque Me abandonastes?».
Alguns dos presentes, ouvindo isto, disseram:
R «Está a chamar por Elias».
N Alguém correu a molhar uma esponja em vinagre
e, colocou-a na ponta duma cana,
deu-Lhe a beber e disse:
R «Deixa ver se Elias vem tirá-l’O dali».
N Então Jesus, soltando um grande grito, expirou.
O véu do templo rasgou-se em duas partes de alto a baixo.
O centurião da guarda romana que estava em frente de Jesus,
ao vê-l’O expirar daquela maneira, exclamou:
R «Na verdade, este homem era Filho de Deus».

N Palavra da salvação.

Credo.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor, em nome do amor do teu Filho Unigénito,

e por causa do seu sofrimento para nossa salvação,

pedimos o perdão dos nossos pecados.

Por Cristo nosso Senhor.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Fomos alimentados, por Ti, Senhor, nesta Eucaristia.

E pedimos que nos faças chegar

às alegrias do Reino dos Céus, através da nossa própria ressurreição

Por Cristo nosso Senhor.