Girolamo Frassati

 

Pedro Jorge Frassati nasce em Turim, na Itália, a 6 de Abril de 1901. A mãe, Adelaide Ametis, é pintora, e o pai, Alfredo Frassatti, é proprietário do jornal La Stampa e é agnóstico. Pedro Jorge tem uma família burguesa, o que lhe permite viver, de certo modo, despreocupado. Gosta de passear
com os amigos, de praticar desporto, de se divertir.
É um rapaz piedoso, apegado às coisas de Deus e dos necessitados.
É membro do Apostolado da Oração, de uma Irmandade do Santíssimo Sacramento, da Conferência de
S. Vicente de Paulo, do Partido Popular e também de organizações desportivas e lúdicas. Em 1921, durante o Congresso da Juventude Católica, participa nas manifestações e é preso. Em 1922 faz-se leigo dominicano adoptando o nome de Girolamo, em homenagem a Girolamo Savonarola. 

Neste mesmo ano Mussolini sobe ao poder. O pai de Girolamo, que está na Alemanha como embaixador de Itália, demite-se. Girolamo revela-se abertamente antifascista. Em 1925 é atingido por uma poliomielite fulminante,  provavelmente contraída durante o serviço aos pobres. Em consequência desta enfermidade fatal, a 4 de Julho de 1925 parte para a Casa do Pai.
Em muitos aspectos, Girolamo pode ser um exemplo para os jovens de todos os tempos, pelo testemunho da sua vida e pelo pensamento exposto nos seus escritos.

A sua beatificação foi presidida por São João Paulo II em 20 de maio de 1990, na Praça de São Pedro.

“A verdadeira felicidade não consiste nos prazeres do mundo e nas coisas da terra, mas na paz da consciência, da qual só se desfruta se somos puros de coração e de pensamentos”.

Procurou ser fiel à máxima que impôs a si próprio: 

“Em cada dia, participar na santa missa, com comunhão, recitação do rosário e visita a alguma família necessitada”.

“Aquilo que uma pessoa tem que fazer, tem que fazer. Não são aqueles que sofrem a violência que devem ter medo, mas aqueles que a praticam. Quando Deus está connosco, não precisamos
de ter medo”, dizia Girolamo.

Certa vez, com o pai, em Berlim, foi alvo da notícia de um repórter alemão: 

“Estavam doze graus negativos, Girolamo deu o seu sobretudo a um pobre que estava na rua a tremer de frio. O pai repreendeu-o. Girolamo respondeu apenas: Mas, pai, estava frio!” 

 

Fonte: Os Santos de João Paulo II, Orlando de Carvalho, Lusodidacta, 2005