terça-feira, 1 de novembro de 2016

Maria e o papa: causa de divisão





Alguns teólogos têm apontado o Papa e Nossa Senhora como causas da divisão entre católicos e protestantes.
O culto de Nossa Senhora deriva do reconhecimento da unidade entre a humanidade e a divindade de Jesus na mesma pessoa, fazendo de Maria a Mãe de Deus. Recusar a maternidade divina de Maria será recusar essa unidade em Cristo. Recusar o poder de intercessão de Maria (e dos santos) é ignorar a afirmação do Credo: Creio na comunhão dos santos.
O papa é necessário para fazer a comunhão entre os fiéis. A vivência da mesma fé em diferentes culturas pode assumir diversas expressões, mas não deve arriscar a negação daquilo em que se crê. O papel do papa é essa ligação entre todos, ligação tão forte que seja comunhão. Ainda que a acção de determinado papa possa ser posta em causa, Jesus não pode.
O Senhor declarou: Tu és Pedro.
Ora, Jesus não se referia ao pescador e Apóstolo Simão, filho de Jonas. Tendo instituído Simão como Pedro, isto é, Pedra, Rocha, foi ao cargo que Jesus se referiu. Jesus não afirma que edificará a Igreja sobre Simão, mas sobre Pedro, isto é sobre a Pedra, isto é, o Instituto, ou a pessoa que ocupa o cargo correspondente ao Instituto de ser a Rocha sobre a qual a Igreja está alicerçada.
Temos que recordar os passos importantes dados por todos os papas, a partir de São João XXIII, procurando a comunhão entre todos os seguidores de Cristo, em direcção à Trindade Santíssima. E também devemos entender que há um tempo de cisma e um tempo de reconciliação. É natural que ao cisma se siga um extremar de posições que se consubstanciam numa espécie de ódio ao irmão que é ou parece diferente. Passado esse tempo de conflito emocional, que pode demorar meses ou anos ou séculos, se uma das partes der passos ao encontro da outra, pode alcançar-se a reconciliação.
Na parábola, o filho pródigo volta a casa a reconciliar-se com o pai misericordioso. Nos nossos dias, o pai, que neste caso é Pedro, tem saído de casa, à procura do filho pródigo. Tem agido como bom pastor que vai buscar a ovelha perdida e lhe pega ao colo e procura levá-la de novo ao aconchego do lar. O papa tem sido e é chave da unidade pela qual Jesus Cristo orou durante a primeira celebração da Eucaristia.
Pôr em causa esta missão que o Senhor confiou a Pedro, é questionar o próprio Deus. Sejamos mansos e humildes de coração, configuremo-nos ao Cordeiro.

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