domingo, 21 de junho de 2020

LITURGIA apontamentos 13





Sacramentos – Baptismo



O Baptismo é a Porta dos Sacramentos. Nenhum sacramento pode ser recebido por quem não tenha anteriormente recebido o Baptismo.

Há que distinguir entre o Baptismo de crianças e o de adultos.



As crianças são baptizadas a pedido dos pais e o pedido é aceite desde que haja esperança fundada de que eduquem os filhos na fé cristã. Sem essa esperança deve protelar-se o baptismo. O baptismo nunca é negado, por isso se protela, neste caso até que existam as condições em falta.

Ter 3 filhos em idade de catequese, que não a frequentam, dá esperança fundada para recusar o pedido de baptismo do 4º filho.



Em Portugal o casamento corre dois processos, um civil e outro canónico. O então primeiro-ministro António Guterres realizou um casamento canónico secreto. Neste caso, o casamento não teve efeitos civis até o processo civil estar concluído.



A Iniciação Cristã processa-se em 3 fases.

1.    Inicia-se uma história de salvação, um processo em que Deus Se revela e o homem é salvo.

2.    Incorpora-se na Igreja

3.    Iniciação a uma vida de salvo, vida moral, ética.



Baptismo, Crisma e Eucaristia introduzem na vida da Igreja, em pleno, mas não automaticamente.

Quem não fez Iniciação Cristã não está apto a iniciar ninguém, isto é, não está apto a ser padrinho. O padrinho é o garante que acompanha a pessoa antes e após o sacramento do baptismo.



A palavra “baptismo” significa “mergulho”.

a.    Mergulho exterior na água

b.    Mergulho interior na Santíssima Trindade, no nome do Pai, Filho e Espírito Santo.

do Pai
e
do Filho
e
do Espírito Santo
Este “e” é no sentido grego, epigenético



Cada uma das 3 pessoas divinas tem toda a divindade. As 3 pessoas são distintas nas funções.



O Baptismo é um mergulho na morte e na ressurreição de Cristo.

Logo, o Baptismo é sacramento de morte e vida. Morte para o pecado e vida para Deus.



Baptismo, sendo mergulho, é diferente de lavar o corpo, pois é compromisso de actividade concreta.



São Tomás de Aquino fala de semelhança natural entre a realidade espiritual, em que participo através daquele gesto, e a realidade sensível, que se manifesta.



A Igreja, no sacramento, não tem autoridade para mudar o sinal em que a realidade se transmite. A missa é a partida de uma refeição ritual para o mundo.



A água que usamos no Baptismo, é utilizada em todas as religiões com idêntico significado: mudança, alteração.



No Baptismo recebo o fruto da morte e da ressurreição de Jesus.

Genz diz que no Baptismo Deus insufla o hálito da vida.

O evangelista João refere que Jesus entre os Apóstolos sopra sobre eles o Espírito Santo.



No Baptismo recebemos a vida de Deus: a realidade intra-trinitária, o amor, a comunhão. Recebemos como princípio existencial novo, como era antes do pecado original.



Baptismo:

Vida segundo a carne e Vida segundo o Espírito essa pessoa deixa de viver segundo as necessidades e passa a viver segundo os valores



O ministro do Baptismo tem que acreditar, sentir e dar expressão, para que o gesto seja entendido.



O óleo dos catecúmenos recebido no Baptismo é uma defesa contra o Diabo e as formas como ele pode interferir com as pessoas: tentação, obsessão e possessão.



Os pais trazem um filho à Igreja para baptizar e levam de volta um irmão, na fé, como membro da Igreja, irmãos em Cristo. Levam, para educar, um filho de Deus.



A mistagogia é a explicação dos gestos.



Nos adultos, depois do Baptismo, podem realizar-se catequeses mistagógicas (na Antiguidade, era a norma), em que se explicam progressivamente os gestos da vida cristã, e auxilia a iniciação à vida cristã.









Orlando de Carvalho




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